sábado, 23 de setembro de 2017

O SEQUESTRO (2017)


Até que ponto uma mãe pode chegar, para poder salvar a vida seu filho? O filme intitulado O Sequestro lançado em 2017 dirigido por Luis Prieto e estrelado por Halle Barry, mostra uma situação de desespero de uma mãe, após seu filho ser sequestrado. Guiado por seus instintos de mãe, ela não espera pela polícia, e sim ela mesma irá perseguir os sequestradores e não desistirá até que seu filho esteja a salvo em seus braços. 

Esse é mais um filme de suspense que segue a mesma linha daqueles clichês e sem um roteiro complexo. Não há desenvolvimento de nada além do sequestro relâmpago que acontece com o filho de Karla (Halle Barry) em um parque. Karla é uma mulher divorciada que luta pela guarda de seu filho, pois seu ex-marido planeja tirá-lo. Trabalhando como garçonete, onde ela lida com clientes chatos e que querem a todo custo irritá-la, Karla é uma mulher equilibrada e batalhadora. É mais do que nítido o amor dela pelo seu filho Frankie (Sage Correa), considerando como a razão do seu viver. Mas tudo muda quando eles estão em um parque, e com um pequeno descuido de Karla, seu filho desaparece. Ao procura-lo, ela o avista sendo arrastado para um carro.

Não sei se você percebeu, mas como toda aquela gente que estava no parque não viu nada? Vale mencionar que o garoto estava sentado em um banco rodeado de pessoas ao ser confrontado por uma mulher estranha. Mas enfim, após o garoto ser levado, Karla não se preocupa em chamar a polícia, até por que no meio do desespero, seu celular cai no chão. Assim, sozinha ela passa a perseguir o carro dos sequestradores em uma busca alucinante que perdura durante todo o filme. 

O diretor inclui um clima de suspense com cenas de ação, que agrada a quem gosta do gênero, porém, alguns detalhes antes mencionados, tais como a briga de Karla e seu ex-marido pela guarda do filho são jogadas para escanteio, não há desenvolvimento sobre isso. O filme apela apenas para o possível resgate da criança sequestrada feito pela própria mãe, já que a policia nem sequer se mexe durante todo o longa, algo que me incomodou um pouco.

Há também alguns furos durante a perseguição na rua. Ao perceberem que a mãe do menino estava em sua cola, a dupla sequestradora começa a atirar objetos pra fora do carro, com a intenção de atingir Karla. Mas isso acontece em uma parte muito movimentada da rodovia, onde vários outros carros estavam atrás, e chega a ser incrível que ninguém chama a policia para tal ato suspeito, sem contar no carro de Karla que estava mais do que evidente para os outros motoristas perceberem que ela estava seguindo aquele carro suspeito. Não posso deixar de mencionar a cena onde o bandido sai do carro com uma faca e Karla deveria aproveitar a oportunidade para atropelá-lo, assim ele não ia mais fugir com seu filho, mas nem isso ela faz, pois ela fica com medo e engata a marcha ré. Meu Deus que burrice!

Mas com todos esses furos, e com uma história clichê, O Sequestro agrada quando o espectador gosta de filmes agonizantes. Torcemos para que a personagem consiga seu objetivo. Vale ressaltar que Halle Barry é uma ótima atriz e que os furos do filme não são culpa dela e sim do roteiro fraco que o filme teve. Afinal, ela já tinha brilhado em um suspense um pouco parecido Chamada de Emergência (leia nossa crítica aqui). 

Assim, a atuação da protagonista é o principal aspecto que salva o filme junto com seu conteúdo, ela consegue segurar o filme todo nas costas e também nos repassa com precisão o desespero de uma mãe. Embora o filme foque apenas no carro de Karla e em nenhum momento no veículo dos sequestradores, (algo que também senti falta) é um bom filme de suspense e que vale a pena ter a experiência de vê-lo, em especial se você gosta de filmes tensos. 

NOTA: 6,4/10

Veja o trailer no vídeo abaixo:

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